segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Será que é só modinha?

   Outro dia, assistindo o Programa do Raul Gil do SBT, ouvi um dos jurados do quadro JOVENS TALENTOS falando do momento que vive o sertanejo no universo musical atual. Na ocasião, uma dupla bem jovem se apresentava, um tocava viola, o outro um violão, e eles interpretaram uma canção composta por Tião Carreiro, um dos ícones da música sertaneja tradicional. 
O avaliador em questão parabenizou os cantores, mas disse que aquele tipo de sertanejo não era comercial e que eles repensassem sobre o assunto. Em seguida veio a falar outro jurado e a opinião era totalmente contrária. No início ele concorda que os dois se apresentaram muito bem, com uma boa harmonia e com as vozes muito bem casadas, logo após discordou do seu companheiro de bancada. De acordo com ele esse “sertanejo” é temporário e que apenas modinha, e que o sertanejo que a dupla havia cantado era o de verdade, aquele que sempre teria espaço na mídia, e que tem o seu mercado.

   Bom, cada um tem sua opinião, mas é você, acha que esse “sertanejo”, que dizem ser universitário, é passageiro? Ou ele deixou de ser modinha e vai perdurar por um bom tempo nos nossos ouvidos?

Deixe sua opinião!!

No próximo post eu trago minha opinião sobre esse tema, falando dos dois lados da moeda e claro, repercutindo a opinião de vocês.

Ulisses Souza

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O conteúdo já não é o ponto principal

   O sertanejo universitário é um ritmo dançante, empolgante e com letras bem diferentes daquelas que o originaram. Com um tamanho menor e mais fácil de ser decorado, ele se tornou a famosa música “chiclete”. Quem ouve uma vez, até mesmo aqueles que não são fãs do gênero, ficam com a música na cabeça. Quem é que nunca sussurrou o “Ai se eu te pego” do Michel Teló?

Aí se eu te pego (Fonte: Internet)

   Essa nova fase do sertanejo angariou um público que antes não ouvia esse estilo musical, porém, junto com sucesso vieram alguns exageros e em seguida várias críticas.

Gian (Fonte: Arquivo Pessoal)
   O estudante Gian Rezende nos contou que para ele música tem que ter poesia e que no sertanejo universitário isso está em falta. Perguntado se as letras são pobres ele responde: “Eu acho que falta um pouco mais de criatividade e de poesia, não que eu esteja falando que é ruim, cada um tem seu gosto próprio, mas acho que eles poderiam trabalhar mais, colocar algo mais poético e com rimas melhores, saindo do 'bara bara bere bere'”.
Gian ainda prefere o sertanejo antigo ao atual: “Eu prefiro o sertanejo, sertanejo mesmo. Tem bandas universitárias que eu gosto também, como Jorge e Mateus, Victor e Léo, mas eu prefiro mil vezes mais o antigo, como Leandro e Leonardo. Por mais que falem que é brega, as músicas antigas eram mais bem trabalhadas”.

Magno Pires (Fonte: Ulisses Souza)
   O radialista Magno Pires diz que gosta das melodias, mas que o conteúdo sexual e a ostentação acabam manchando essa nova fase.  

Seluana Horácio (Fonte: Ulisses Souza)
   A discotecária Seluana Horácio comenta que as músicas atuais são muito pequenas. “Quando é animada fala em cerveja, mulher, sair pra balada, quando é muito lenta, passa a ser muito melosa, fala do cara que perdeu a mulher e está sofrendo por amor”. Sobre sua preferência ela completa: “Depende do momento, claro que o sertanejo antigo tem sua história, tem o seu lugar no mercado musical, até porque foi ele que originou o sertanejo de agora. Eu prefiro o mais antigo, porque tinha mais conteúdo, tinha letra, se preocupavam com a melodia da música, com a história que ela iria passar.”



 O estudante Matheus Brum é um dos apaixonados pelo estilo. Na opinião dele existe um  sertanejo para cada ocasião. Veja no vídeo ao lado.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  


Juliana Santos Rocha (Fonte: Arquivo Pessoal)




A professora de música Juliana Santos Rocha, formada no 

Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, além de deixar a sua opinião sobre o sertanejo universitário, também fala da parte teórica, o que mudou de fato que permanece igual aos tempos de Tonico e Tinoco. 



Ulisses Souza

sábado, 18 de janeiro de 2014

CHITÃOZINHO E XORORÓ E A VOZ PERFEITA

           Vou começar o post de hoje de uma forma diferente. Depois do sucesso de O erro de Zezé Di Camargo, que a cada dia tem mais acessos aqui, hoje resolvi falar de uma dupla que é uma das mais prestigiadas no meio sertanejo.
            Nascidos no estado do Paraná, eles têm mais de 40 anos de estrada e mais de 30 milhões de CDs/DVDs/Discos vendidos. Esses irmãos apresentaram programas de TV nas principais emissoras do país. Primeiro no Sbt, depois na Rede Globo e na Record. Participaram duas vezes do Especial Roberto Carlos, além de gravar uma música em parceria com ele, "Arrastou uma Cadeira", canção que foi sucesso nacional.
           Gravaram em 1993 a canção "Words" com os Bee Gees para o disco Tudo por amor lançado em português e espanhol. Além de "Words", o disco tinha canção "Guadalupe" que fez parte da trilha da novela de mesmo nome transmitida pela Telemundo. O sucesso desse trabalho foi tão grande que a dupla conquistou em julho daquele ano o primeiro lugar do "Hot Latin Singles" na parada norte-americana da revista Billboard, só Roberto Carlos tinha conseguido essa marca em 1989.
           Em 1994, gravaram a canção "Ela não vai mais chorar" (She's Not Cryin" Anymore) com o cantor de música country Billy Ray Cyrus para o disco Coração do Brasil.
          Em 2005 a dupla foi homenageada no Carnaval de São Paulo pela escola X-9 Paulistana com o enredo "Nascidos pra cantar e também sambar", o resultado foi um 2º lugar para a escola.
           Uma carreira e tanto!  
           


           Pois é, estamos falando de Chitãozinho e Xororó. Dupla de cantores que é querida no país inteiro e que é respeitada por grande parte da classe artística.
           Agora, peço licença a vocês para falar especificamente da voz de Xororó. Potente, gostosa de ouvir e que graças à técnica utilizada pelo seu dono, se manteve intacta nos mais de 40 anos de carreira. Um cara que soube poupar nos momentos certos, que não se esgoela e, sabe o quê está cantando.
          Por isso todo respeito e homenagem a essa dupla que soube se modernizar com o tempo e nos últimos anos gravou até mesmo com a banda de rock Fresno, que diga-se de passagem ficou bem legal. E parabéns ao Xororó, o pequeno de tamanho e enorme no talento.Vejam como ficou a música "Evidências": 



Continuem acessando o blog MusicaSerta!!
Em breve mais uma publicação para vocês!

Ulisses Souza