Música Certa?
É muito comum você chegar a um evento, em uma balada, ou em um show e durante, ou até mesmo depois dele ouvir das pessoas reclamações de que a música tocada era muito ruim. Pensando nisso o blog www.musicaserta.blogspot.com resolveu pesquisar e analisar: existe música boa? Se existe, qual é? Qual a melhor música então?
Muito se fala de que determinada música é ruim, mas é ruim para quê? Para que possamos analisar de uma forma mais clara, podemos pegar como exemplo, a música “Eu amo e Open Bar”, do cantor sertanejo Michel Teló. Começando pelo ritmo, que é o que dá movimento à música, podemos dizer que ele é dançante e envolvente, e de alguma maneira até mesmo sensual, essas são qualidades interessantes para uma música. O grande problema é quando chegamos à letra, no conteúdo, na mensagem que a música quer trazer. Para quem não sabe toda letra de música quer trazer uma mensagem, mesmo muitas delas não conseguindo transmitir essa ao público. A letra de Open Bar deixa a desejar. Com rimas pobres e com pouquíssimo conteúdo ela acaba tirando um pouco da qualidade do ritmo e é aí que o ritmo vem e salva a música. Canções que são voltadas para dança, ou que querem provocá-la acabam investindo muito mais no ritmo do que na letra, o que não está errado, mas certamente o sucesso seria maior com uma intersecção desses dois.
Tudo bem, a letra é boa e o ritmo é ruim e vice versa, isso não quer dizer que a canção será ruim. Ruim pra quê? Esta é a grande questão a ser resolvida. Um funk, com letras pesadas é muito bom, mas bom para determinados bailes e festas. Você imagina um funk cantado por Valesca Popozuda no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e uma ópera cantada por Luciano Pavarotti em um baile funk na Rocinha? Ambos teriam público, mas no mínimo seria fora do normal.
Perguntei a algumas pessoas sobre música, qual era ruim e qual era boa, e o que pude perceber que as pessoas começam a respeitar mais o gosto musical uma da outra, mesmo não gostando e criticando, o que é muito bom. Há aqueles que curtem de tudo, um pouco mais disso e menos daquilo, há também aqueles que se isolam em um determinado estilo e mesmo sabendo que algumas coisas neles são bizarras continuam apaixonados por eles. Isso ainda é complicado, pois mistura gosto com fanatismo e acabam criando uma cegueira em relação a isso. A grande dúvida de muitos é responder por que acham ruim algum estilo de música. Estava eu conversando com uma pessoa e ela me disse que odiava música sertaneja, eu a perguntei o motivo desse ódio e ele me respondeu que as músicas eram muito melosas, que falavam de amor, disse que era música de corno; até aí tudo bem. O grande susto foi quando perguntei qual era o tipo de música que ela gostava; ela me disse que gostava de rock, mas um rock mais tranquilo me disse o nome de uma banda que ela adorava, por não conhecer a banda preferi me abster. Chegando em casa pesquisei sobre a banda e constatei de que todas as letras das músicas tinham conteúdos amorosos e com um romantismo escancarado, o detalhe é que as músicas eram todas em inglês. Cheguei à conclusão de que a pessoa não gostava era de música em português porque os arranjos, as letras e o estilo eram muito semelhantes ao da música sertaneja.
Finalizando, é difícil, pra não dizer impossível, falar qual música é boa ou ruim, tudo vai depender pra qual ocasião e pra que ambiente a música foi feita. Existem as músicas feitas para se ouvir em casa, para uma reflexão, músicas para dançar e claro músicas para serem cantadas apenas. Portanto voltamos àquilo que cada um tem de diferente, o gosto, e que na música, como podemos identificar, fica muito mais explícito.
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Eu sou Ulisses Souza e esse é o Blog Musicaserta!!!
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